Tuesday, February 27, 2007

"O hoje e o amanhã"

"O que importa antes de tudo é o momento presente. O momento presente é o criador do amanhã.
Somos escravos do ontem, mas somos donos do nosso amanhã."

Confúcio

Monday, February 26, 2007

"A noite das estrelas de hollywood"

Ver a atribuição dos óscares não é apenas ver a consagração duma actuação em especial, há casos em que faz uma certa justiça ao trabalho de toda uma vida.
Houve vários óscares interessantes, mas um que me agradou em particular: o de Martin Scorcese.
Ele e clint eastwood representam toda uma geração de incriveis cineastas que retratam uma américa profunda e complexa, fazem-no com um incrivel realismo e sem terem os efeitos especiais como suporte principal para cativar as audiências.
O que lhes interessa essencialmente são as pessoas, as suas personagens têm sentimentos: maldade, bondade, fraqueza e determinação.
Mais que modelos para as novas gerações de realizadores, são um modelo daquilo que o cinema também deve ser, um espelho da realidade, uma abordagem mais profunda do ser humano e não uma mera história de efeitos especiais e superficialidade banal.
Ontem fez-se justiça a um dos melhores realizadores vivos, talvez até o melhor.

Saturday, February 24, 2007

"Museu Arqueológico do Carmo"



Em 1755 lisboa foi atingida por um devastador terramoto, os incêndios que se seguiram finalizaram um onda de terrivel destruição que não deixou pedra sobre pedra.
Seguiu-se uma longa reconstrução que acabou por transfigurar a lisboa de então naquela que hoje conhecemos, mas há um edificio que ficou por reconstruir, um testemunho suspenso no tempo, que surge nos nosso dias como um monumento daquele fatídico dia: O convento do Carmo.
Nesse convento está instalado um dos museus mais interessantes da capital, que no entanto passa algo despercebido no grande público.
Abrange vários periodos históricos e tem peças verdadeiramente surpreendentes, desde a pré-história à idade média, passando pelo periodo romano, escultura gótica e da época moderna, epigrafia hebraica, um núcleo islâmico, azulejaria,...e de particular exotismo: um sarcófago egipcio em madeira e duas múmias sul-americanas.
Visitar este museu vale sempre a pena, é uma viagem no tempo e uma sensação de contacto com mundos muito diferentes do nosso.

Friday, February 23, 2007

"Marley & Eu - Parte II"


"Treze anos depois, aqui estáva-mos os dois, inseparáveis como sempre. Lembrei-me da sua infância e adolescência, nos sofás dilacerados e nos colchões roídos, nos longos passeios pela marginale das danças face a face com a aparelhagem aos berros. Lembrei-me dos objectos engolidos, dos cheques roubados e dos momentos enternecedores de empatia humano-canina. E acima de tudo do leal companheiro que ele tinha sido ao longo destes anos. Fora uma viagem e tanto. Adormecemos juntos,lado a lado no meio do chão. Acordou-me uma vez durante a noite, contraindo-se, retraindo as patas, com pequenos latidos de bebé brotando do fundo da sua garganta, mais parecendo tossidos que outra coisa. Estava a snonhar. A sonhar, imaginei eu, que era jovem e forte outra vez. E a correr como se não houvesse amanhã."
in "Marley & Eu" Jonh Grogan
Se a maior parte do livro fala sobre as maluquices e aventuras e desventuras de Marley, a sua conclusão é o trágico fim da sua vida e a dor daqueles que eram a sua familia. Quem já perdeu um cão sabe o triste que é, é um amigo que nunca se esquece.

Wednesday, February 21, 2007

"Marley & Eu - Parte I"

Há livros que tocam a pessoa que os lê, que nos deixam bem-dispostos e nos puxam um sorriso, este é um deles. Mais do que uma personagem, marley é o arquétipo de cachorro traquinas e trapalhão, um poço de energia e de tendência para se meter em apuros, uma história como esta lembra-nos que há muito mais de humano num animal do que muitos imaginariam, marley é uma criança num corpo de cachorro.
"Chamavam-se John e Jenny, eram jovens, apaixonados e estavam a começar a sua vida juntos, sem grandes preocupações, até ao momento em que levaram para casa Marley, "uma bola de pêlo amarelo em forma de cachorro", que rapidamente se transformou num labrador enorme e encorpado de 43 quilos. Era um cão como não havia outro nas redondezas: arrombava portas, esgadanhava paredes, babava-se todo por cima das visitas, roubava roupa interior feminina e abocanhava tudo a que pudesse deitar o dente. De nada lhe valeram os tranquilizantes receitados pelo veterinário, nem tão pouco, a "escola de boas maneiras", de onde, aliás, foi expulso. Só que Marley tinha um coração puro e a sua lealdade era incondicional. Partilhou a alegria da primeira gravidez do casal e o seu desgosto com a morte prematura do feto, esteve sempre presente no nascimento dos bebés ou quando os gritos de uma vitima de esfaqueamento ecoaram pela noite dentro. Conseguiu ainda a "proeza" de encerrar uma praia pública e arranjou um papel numa longa-metragem, através do qual se fartou de "conquistar" corações humanos. A familia Grogan aprendeu, na prática, que o amor se manifesta de muitas maneiras...e feitios."
in "Marley & Eu" John Grogan

Monday, February 19, 2007

"The flag raising"



Numa época em que os E.U.A. são governados por um idiota, convém lembrar que nem sempre a hipocrisia e a imbecilidade foram a marca da américa na sua politica externa.
Houve um tempo em que a américa era verdadeiramente uma nação em guerra pela liberdade e a democracia a nível mundial, em que toda uma geração deu o seu melhor: nos desertos do norte de áfrica, nas mortiferas praias da normandia, ou nas longinquas ilhas do pacifico.
Foi à precisamente 62 anos que numa ilha chamada iwo jima se viveu umas das mais sangrentas batalhas da história humana. Durante um longo mês, 110.000 americanos combateram um inimigo que não admitia a derrota ou a rendição, conquistaram a pequena ilha vulcânica, mas pagaram cada palmo de terra com sangue.
No fim, foram precisas 6.891 vidas e mais de 18.000 feridos graves, para "limpar" a ilha de 22.000 japoneses decididos a cobrar caro a sua morte.
A grande diferença em relação ao iraque, é que estas vidas não foram desperdiçadas em vão, foram sacrificadas para que hoje possamos viver em liberdade e democracia, a mesma liberdade que a aventura do militar do médio oriente ajuda a desgastar.

Saturday, February 17, 2007

"O melhor amigo do homem - parte II"

"Pode ser o desgosto a matá-los. Porque a dedicação e fidelidade, que elogiamos nos cães, não são compatíveis com o trauma da traição. Há os que que nem se mexem, passam os dias enrolados sobre si próprios, apáticos, deprimidos. Outros rejeitam assustados o toque da mão humana. No auge do stress, chegam a automutilar-se e a perder pêlo até ficarem carecas, descontrolos tão comuns nos felinos.



Mudanças de casa, divórcios, alegadas questões de saúde, muitas são as razões para se prescindir dos amigos de quatro patas. Rapidamente passam a meras recordações, não mais que um entre tantos outros brinquedos que se ganhou no natal, cada vez mais minúsculos nos espelhos retrovisores, incapazes de acompanhar a velocidade dos automoveis dos donos de onde acabaram de ser despejados.
Também são deixados, na calada da noite, presos à porta de associações e veterinários. Ou entregues como se acabassem de ser encontrados... Resta a esperança de um novo dono."



in "Expresso 13/08/2005"

"O melhor amigo do homem - parte I"



"São latidos ensurdecedores que começam assim que alguém entra. Os cães que ainda têm força esticam-se o mais que lhes permitem as exíguas correntes, formando um friso de cabeças de olhos suplicantes. Outros limitam-se a fixar as pessoas com um olhar profundamente triste. Nos canis municipais, destino dos animais sem dono, há de tudo. Os rafeiros e os de raça. Os recém-nascidos e os velhos. Os que sempre viveram na rua e os que conheceram o conforto quando eram considerados animais de estimação. Hoje, solitários e confusos, partilham um ambiente de doenças e cheiros nauseabundos. Chegados ao corredor da morte, quantas vezes levados pelos próprios donos, outras capturados nas ruas, o pior pode acontecer: serem mortos a tiro, por afogamento, envenenamento, sufocação, enforcamento, à facada, ao pontapé ou à paulada, com choques eléctricos...uma lista trágica denunciada pelas associações zoófilas que faz da injecção letal, prescrita pela Direcção-geral de Veterinária, um mal menor...




...o fim da linha para muitos dos dez mil cães e gatos que se estima serem abandonados anualmente em Portugal."





in "Expresso 13/08/2005"

Wednesday, February 14, 2007

"Amar. Entre a palavra e a acção"

Quando o corpo daquela pessoa especial está tão colado que perdemos a noção de onde começa e acaba o nosso...então o tempo perde-se no toque e o espaço descobre-se num beijo trocado com sofreguidão.Amar não é palavra, é acção...

"Monsters & company - I"



"Reverend B/The Smoke Beast" H. R. Giger

Tuesday, February 13, 2007

"O Ilustre Eça"

"A desconfiança terrível de si mesmo, que o acobarda, o encolhe,
até que um dia se decide e aparece um herói, que tudo arrasa...
Assim todo completo, com o bem, com o mal,
sabem vocês quem ele me lembra? Portugal."

in "A ilustre casa de Ramires" Eça de Queiróz

"O Anti-Cristo"



"Satanás I" H. R. Giger