Saturday, January 27, 2007

"A despedida de Gabriel Garcia Marquez"

Gabriel Garcia Marquez é dos maiores nomes da literatura mundial.
Os seus romances teêm o condão de fazer o leitor viajar por mundos onde nunca esteve, e o prazer dessa leitura marca de uma forma inesquecivel.
No entanto, Marquez esteve à beira da morte com cancro linfático, e nesse momento de agonia escreveu um texto de despedida que toca o coração de quem o leia, pela simplicidade com que aborda a vida e o desperdicio a que a votamos demasiadas vezes.
Gabriel sobreviveu...mas muitos mais não tiveram essa sorte, que este texto seja uma homenagem a todos eles, e a despedida que muitos não tiveram a oportunidade de escrever.

"Se por um instante, Deus se esquecesse de que sou uma marionete de trapo e me presenteasse com um pedaço de vida, possivelmente não diria tudo o que penso, mas, certamente, pensaria tudo o que digo.
Daria valor às coisas, não pelo que valem, mas pelo que significam. Dormiria pouco, sonharia mais, pois sei que, a cada minuto que fechamos os olhos, perdemos sessenta segundos de luz. Andaria quando os outros parassem, acordaria quando os outros dormem. Escutaria quando os outros falassem e gozaria um bom sorvete de chocolate. Se Deus me presenteasse com um pedaço de vida, vestiria simplesmente, me estenderia de bruços no solo, deixando a descoberto não apenas o meu corpo, como minha alma.
Deus meu, se eu tivesse um coração, escreveria meu ódio sobre o gelo e esperaria que o sol saisse.
Pintaria com um sonho de Van Gogh sobre estrelas um poema de Mário Benedetti e uma canção de Serrat que ofereceria à Lua. Regaria as rosas com minhas lágrimas para sentir a dor dos espinhos e o encarnado beijo de suas pétalas.

Deus meu, se eu tivesse um pedaço de vida, não deixaria de passar um só dia sem dizer ás pessoas "amo-te, amo-te". Convenceria cada mulher e cada homem de que são os meus favoritos e viveria enamorado do amor. Aos homens lhes provaria como estão enganados ao pensarem que deixam de se apaixonar quando envelhecem, sem saber que envelhecem quando deixam de se apaixonar. A uma criança, lhe daria asas, mas deixaria que aprendesse a voar sozinha. Aos velhos ensinaria que a morte não chega com a velhice, mas com o esquecimento. Tantas coisas aprendi com vocês, os homens...
Aprendi que todo o mundo quer viver no cimo da montanha, sem saber que a verdadeira felicidade está na forma de subir a escarpa. Aprendi que, quando o recém-nascido aperta sua pequena mão pela primeira vez o dedo de seu Pai, o tem prisioneiro para sempre.
Aprendi que um homem só tem o direito de olhar um outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se. São tantas as coisas que aprendi com vocês, mas, finalmente, não poderão servir de muito porque, quando me olharem dentro dessa maleta, infelizmente estarei morrendo"

"LSD dream"



"Catarata" H.R. Giger

Thursday, January 25, 2007

"Trilogia da Alegria - O LSD"

Com o último capitulo...a loucura, a verdadeira volta no carrocel, o LSD.

"Agora o imperador das drogas, o grande, o santo, o formidável L.S.D. - o ácido.
O L.S.D. é mais que um flash extraordinário e uma viagem também extraordinária.
É o flash perpétuo.
A forma mais habitual é a pílula, género comprimido de aspirina, mas muitíssimo mais pequeno.
Há também o L.S.D. líquido, incolor, insípido, sem cheiro, do qual se põe uma gota, uma só, não mais, nunca duas, num torrão de açucar.
O L.S.D. come-se ou bebe-se, unicamente. Nem cigarrinho, nem piquouse.
Há seis pílulas diferentes.
Por ordem: a branca, a cor-de-rosa, a alaranjada, a castanha, a cor de vinho do porto, a preta.
A cada cor corresponde uma força em L.S.D., uma concentração diferente.
A branca é a menos forte; a preta, a mais forte, com as cores intermediárias de forma crescente.
O perigo do L.S.D. não é a morte. É a flippage.
Flipper, é enlouquecer.
Prduz-se quando a dose foi excessiva ou quando se tomou L.S.D. com muita frequência, ou apenas por causa de uma viagem má.
Quando alguém vai fazer a sua primeira viagem com o ácido, advertem-no logo, não o deixam só.
Muitas vezes o acondicionamento faz-se por meio do haxixe para acalmar.
Quando se toma L.S.D. pode-se perfeitamente acumular com outras drogas. É uma droga universal, como o haxixe.
Quando se toma, é melhor que no dia seguinte se esteja livre, porque aquilo fatiga muito, por causa do desgaste nervoso que é enorme. Uma verdadeira sova de paulada.
É por isso que a vida normal é impossível a um drogado com L.S.D.
E além disso, não pode tomar a sua pílula ou gota todos os dias. É excessivamente esgotante.
A média, e para aqueles que já foram muito longe, é uma vez por semana, duas no máximo.
Em geral, duas, três viagens por mês, já é muito.
Portanto uma droga absolutamente à parte. De certo modo é uma festa que se oferece, é o caviar-vodka ou o champanhe do drogado."

in "Viagem ao mundo droga" Charles Duchaussois

Wednesday, January 24, 2007

"A revolução está em ti"

O foco guerrilheiro existe sempre. Em cada um de nós
existe um foco. Uma guerrilha possível
uma insubmissão.
Nem é preciso procurar além a serra
o lugar propício
inacessível.
A serra está em nós. Começa
em certas noites no nosso próprio quarto
irrompe subitamente sobre a mesa de trabalho
pode aparecer à esquina
em plena rua.
Não é metáfora nem fuga nem miragem
mas uma íntima relação de cada um
com os ciclos da vida
a terra
o próprio ar. Mais do que
estratégia e táctica
é talvez uma questão de ritmo.
Ou talvez de energia e relação mágica
do mistério que somos
com o mistério que é tudo.
Talves o Che tenha sido o primeiro a compreender
que não se pode mudar o mundo
sem mudar o ritmo da relação com ele.

in "Che" Manuel Alegre

"Uma sombra na selva"



"A encantadora de serpentes" Henry Rousseau

Tuesday, January 23, 2007

"Tristeza"

Tristeza,
o que é afinal.
Uma dor ou um sentimento?

Para mim
é uma dor que me sabe bem,
um sentimento que me completa.

é com ela que cresço,
que me mostra que além do homem
também há a criança

que a esperança tem um reverso,
que o sonho também é pesadelo,
que o sofrimento é uma aprendizagem.

na vida,
na morte,
num sorriso de fome
numa lágrima de alegria

está em todo o lado
e em lado nenhum

está na minha mente
e no meu esquecimento

mas nunca está só,
eu faço-lhe companhia.

Está em ti,
nesses olhos que me leêm

está na Humanidade:
na guerra,
no holocausto,
no horror e na carnificina,
no que mata e no que morre.

A tristeza é um homicida
que não precisa de armas.
mata com as mãos de quem se suicida.
porque ela mata com o desespero.

a tristeza é o diabo,
a mostrar-nos que deus existe

que mesmo na tristeza:

a semente da esperança
germina no sorriso duma criança

"Da pedra nasce a obra"

"A Tempestade" Rodin

Monday, January 22, 2007

"Passeio pelo areal"

Trocou o passeio pelo areal e como de costume tirou os chinelos. Descalço, sentiu a areia envolver-lhe os pés num abraço quente e rugoso, um abraço velho conhecido de muitas manhãs, muitas tardes, muitas noites passadas naquela praia da sua infância.
Desceu o imenso areal, sentindo um mundo de pensamentos afluirem-lhe à mente a um ritmo crescente e imparável. A lucídez e a clareza desses pensamentos, de tão intensos, por vezes tornavam-se assustadores.
A frescura do mar vai-lhe chegando através da areia molhada e o efeito é o de um acordar para a beleza que o rodeia, para os melhores momentos da vida que ali viveu, as primeiras paixões, as inesquecíveis noites passadas à volta duma fogueira na companhia dos amigos e daquela lua que tanto o enfeitiçaria com a sua beleza.
Como tudo na vida, também esse tempo passara a vagas memórias, mas o efeito que sentira enquanto criança, esse mantém-se vivo.
A praia é o que sempre fora, a sua confidente, a sua inspiração, a sua verdadeira casa.

"Trilogia da Alegria - A morfina"

Continuando o tema do último post, este trata sobre uma substância boa para as dores do reumático e para uma boa tarde no sofá a ver a capela sistina (em versão surrealista) no tecto da própria sala...

" Com a morfina passa-se à 'viagem' propriamente dita: a balada incontrolada. A galera navega e dá-nos surpresas.
É a melhor droga, a mais descontraida para a viagem. E entre as desta força, é ela que tem menos inconvenientes.
Não provoca náuseas.
Não tira o apetite nem o sono (salvo em caso de intoxicação muito grande).
Fica-se perfeitamente lúcido para seguir as fantasias e aproveitar delas. E a overdose é mais rara do que com a heroína.
A morfina apresenta-se sob uma forma principal: um liquido límpido.
Mal tem um cheiro ligeiramente farmacêutico.
A morfina líquida em geral é incolor. Às vezes é um pouco amarelada, muito pouco. É então que ela é da melhor qualidade.
Também se encontra na forma de comprimidos. O aspecto: o dos comprimidos de aspirina, redondos, achatados, brancos de neve; mas quanto ao tamanho, metade de um comprimido de aspirina.
Os comprimidos podem ingerir-se (perde-se então uma grande parte do efeito por causa da digetão). Também se podem dissolver, de preferência em água destilada, para serem injectados.
A morfina não se mistura com nenhuma outra droga.
Nas primeiras vezes é capital condicionar-se. É preciso estar muito descontraido, muito calmo, muito disponível. Se se está nervoso e se receiam os efeitos, estes não se produzem.
Para que a viagem dure o máximo, é melhor a injecção subcutânea do que a intravenosa.
Mas então corre-se o risco de ter dores.
E sobretudo, privamo-nos do flash.
O flash de morfina é o mais formidável que se pode imaginar.
Não só em intensidade, mas também em duração; nao em duração do flash, que infelizmente é muito rápido; mas ao fim de seis meses, por exemplo, o flash produz-se sempre em cada shoot. Com igual intensidade. O que não sucede com as outras drogas."

in "Viagem ao mundo da droga" Charles Duchaussois

Thursday, January 18, 2007

"Trilogia da Alegria - O ópio"

Nos dias que correm o Haxixe, Heroina, Cocaina, Ecstasy,...podem até ser as drogas da moda, mas no fantástico mundo da alice no pais das maravilhas há muitas outras merecedoras da nossa curiosidade, e para os mais uaildes, da sua experimentação.
E como o conhecimento não ocupa espaço, nem mesmo na cabeçinha duma avestruz. Esta trilogia vai explanar em detalhe acerca do aspecto, efeitos e modo de usar (para que ninguém se engane e estrague o material ou acabe a apanhar uma diarreia das antigas), de três substâncias que num passado mais menos recente viveram o seu esplendor: o ópio, a morfina e o LSD.

"Que aspecto tem o 'OP'? É uma pasta muito escura, quase preta (quanto mais escura melhor é). Muito mais maleável que o haxixe, o ópio parece-se um pouco com o visco. Cola-se a tudo, em especial aos tecidos.
É por isso que geralmente se apresenta em sacos de plástico. É a única matéria donde se pode tirar, raspando com uma faca, por exemplo. É também a melhor embalagem para que perca o menos possível o seu perfume.
Outro sinal de reconhecimento do ópio: o seu odor. É absolutamente característico. Como defeni-lo? É dificil, mas vou utilizar uma comparação com um outro sentido que não o olfacto: o gosto.
É capaz de 'ver' o gosto do nógado, do caramelo? Pois bem, imagine este gosto transformado em cheiro. Terá assim o odor do ópio.
É com o ópio que a expressão 'planar' adquire todo o seu valor. Vai-se muito longe, mas dirige-se o 'planeta'.
O ópio é preparado sobretudo para ser fumado, como o haxixe, mais do que para ser comido ou injectado.
Todavia, pode ingerir-se com certo proveito, mas é preciso tomar uma precaução muito simples se quisermos evitar uma queimadura da boca, às vezes um amargo persistente, e sobretudo não ter dores de estômago e náuseas.
Basta envolvê-lo em papel de cigarro e engolir tudo de uma vez.
Digere-se melhor.
Pelo contrário, não há nada a fazer contra um inconveniente da administração oral: dá muita sede. Bebe-se sempre muito.
O shoot de ópio é de pompa e aparato.
Para muitos picar-se no braço é uma operação desagradável e até dolorosa, e às vezes cometem-se baixezas para fugir a ela.
Para um drogado é o que há melhor.
Não há nada que valha um shoot. Em comparação com ele, fumar é uma brincadeira.
Um verdadeiro drogado prefere o shoot a qualquer outra coisa. Conheci alguns que faltando-lhes tudo, faziam shoots com água (açucarada, ou salgada, mas nunca pura; água pura mata).
O ópio não é limpo, não é asseado; é gorduroso e entope a agulha.
E o flash não é agradável. Não há arrebatamento fabuloso, delicioso, mas sim uma impressão desagradável. Picadas no anus, nos dedos. Afrontamentos que sobem à cabeça. Note-se, há quem goste disso. São raros..."

in "Viagem ao mundo da droga" Charles Duchaussois

Monday, January 15, 2007

"Going Wild..."



"Saturno devorando os seus filhos" Goya

Sunday, January 14, 2007

"Porquês"

Porquê?
porque sim...
porque gosto de saber,
porque quero saber!
porque o mundo fascina-me,
tu fascinas-me.
porque há em mim uma criança que nunca morrerá.
porque com cada descoberta o homem sonha,
e quando o homem sonha o "mundo pula e avança".
porque quando um homem sonha, também tem pesadelos.

Porquê?
e porque não?...
porque me apetece
porque esse teu olhar dá-me vontade de entrar em ti
descobrir-te,
cada pensamento,
cada molécula de que és feita

e acima de tudo...
Porquê?

"Evaristo, o meu heroi"

Cu de judas Ano I a.e. *

Há muito, muito tempo atrás...
...era uma vez,
uma história de encantar

José e Maria.
José o carpinteiro,
Maria a virgem,
e um casamento.
Sei que parece estranho: uma virgem casada.
Mas esta é a história.

Um dia a "casta" começa a engordar,
por milagre é gravidez...
mas josé não é o pai, o pai é um milagre.
Não entendo tanta castidade num casamento,
numa sociedade tão primitiva, isso sim é um milagre...
Raios, seria José impotente?!
Ou seria simplesmente corno?...
não interessa, a cornadura é celeste,
é um santo encornamento

Evaristo,
um dia serás heroi
mas quando nasceste...eras apenas um bastardinho, filho dum corno

* a.e. (antes de evaristo)

Saturday, January 13, 2007

"Procura-se Heroi"


Enquanto na américa se davam mega manifestações em protesto contra a guerra do vietname, Portugal vivia adormecido por uma ditadura que não hesitava em afundar toda uma geração numa guerra sem fim, ou sentido.
Mas nos meios estudantis ainda houve quem usasse o humor para subverter ao menos uns sorrisos...
E também houve quem ousasse sonhar com a liberdade, e na clandestinidade desse o seu melhor para corroer um sistema já de si podre.

Wednesday, January 10, 2007

"A Vida"

O momento da criação,
a centelha que cria o espírito.
é um bater de coração
numa mãe que sente a vida dentro de si

é nascer,
sentir o ar entrar nos pulmões.
dar o primeiro grito

é olhar o mundo à volta pela primeira vez
e pressentir o que aí vem

a vida...é uma puta duma guerra

entre o ódio e o amor
a depressão e a euforia.
um milhar de batalhas sem memória,
um milhão de memórias sem destino,
é o destino,
o destino até ao último estertor.

vida é verbo:
rir
chorar
falar
gritar
cantar
correr
dormir
acordar
chorar
olhar
suar
vomitar
amar
amar com ódio.
amar-te
é amar a tua alma.
os teus beijos,
o teu corpo,
o teu cheiro,
o teu olhar,
o teu andar,
o teu respirar,
é amar-te numa cama
sentir-te gemer,
é amar-te contra uma parede,
possuir-te até não aguentar mais.
é olhar-te e sorrir
é dar-te colo
é amar-te com carinho
acordar a teu lado...
olhar-te e ver uma estranha,
Esquecer-te.
Trair-te.
Trair-me.
"Oh Yeah Baby!"
fumar um charro
beber que nem um louco,
gritar MERDA! bem alto
dançar
dançar entre amigos, a dançar sozinho no mundo
dançar até ser dia,
e acordar só.
a lembrar-me do teu cheiro.

é lembrar o meu Avô
a tua morte, o meu desespero
chorar como uma criança

o não querer mais nada
é ver-te descer e nunca mais te vou ver.
a VIDA é tanto e tão pouco,
é tudo e nada, é carne e pó,
fica a dor e o beijo duma criança.
um sorriso inocente que me traz de volta,
à realidade, à guerra que continua.

a vida é uma puta, mas eu adoro-a...
Adoro-te sabias?!
mas não te quero para sempre,
um dia mando-te às malvas princesa...
o nosso amor não vai ser eterno, vou trocar-te pela tua irmã.

Sim...a vida é uma sacaninha,
e ninguém mais sacana que tu próprio,
tu que me lês,
eu que te escrevo.
esta que é a minha história,
a tua história,
a nossa história.
uma história que um dia vai acabar :
a bem ou a mal,
depressa ou devagar.

Friday, January 5, 2007

"Saudades"



Saudades! Sim... talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que nos conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!

"Sonetos" Florbela Espanca

Pode ser um pouco "lamechas"...mas este poema fez-me pensar em como é bom recordar um amor antigo, recordar pessoas especiais traz sempre um pouco de saudade daqueles momentos que se viveram

Monday, January 1, 2007

"The Dark side of the Soul"


"The dog woman" Paula Rego

Todos temos o nosso lado mais sombrio...

"The Beginning"

Com o começo de um novo ano renasce sempre a vontade de fazer mais e melhor que no precedente. Este ano começo por criar este blog, um espaço para escrever, para divagar, para partillhar muito do que penso do mundo que nos rodeia e que a cada dia revela o muito do bom e do mau de que a humanidade é capaz,essa mesma humanidade que me fascina e da qual todos fazemos parte.